Espécies Cultivadas Bagre Africano: (Clarias gariepinus) | Do gênero Clarias, apresenta rápido crescimento e sabor agradável (possui poucos espinhos e seu teor de proteína é de aproximadamente 18% e 4% de gordura). Adapta-se à altas densidades de estocagem e apresenta um tecido esponjoso sobre o arco branquial, podendo absorver o ar atmosférico por pouco tempo, conforme condições favoráveis do ambiente, ou seja, respiram fora da água. Espécie resistente às condições adversas, podem crescer e se desenvolver onde poucos peixes sobreviveriam. Mas no Brasil, o interesse por seu cultivo está em declínio. | Black Bass: ( Micropterus salmoides) | Peixe de águas temperadas do continente norte americano. Hábito carnívoro e bastante rústico é extremamente voraz, come de tudo, desde peixes até ratos e aves aquáticas. Nos Estados Unidos é muito apreciado pelos pescadores esportivos, é também muito valorizado no Brasil. Foi introduzido em vários países do mundo, como Guatemala, Itália, França, Japão e Brasil. Apresenta corpo alongado, com coloração amarelo esverdeado com manchas escuras ao longo do dorso. Atinge cerca de 80 cm e 3 kg ou mais de peso vivo. Há estórias que falam de peixes de até 15kg ; há recordes registrados de 1932 de 11kg, mas na realidade o peso médio do peixe se situa na faixa dos 2kg. O black é conhecido como sendo um peixe corajoso, astuto, brigador, versátil, e manhoso. É um peixe de água lêntica, ocorrendo sua reprodução quando a temperatura atinge cerca de 20º C. A sua carne é bastante saborosa, e talvez a melhor forma de preparar o peixe, seja grelhada. Peixe originário do Canadá, mas é nos Estados Unidos que faz sucesso e realmente é a vedete da pesca esportiva de águas interiores. | Cachara: (Pseudoplathystoma fasciatum) | É encontrada em toda a região Norte e Centro-Oeste, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. A Cachara é um peixe de couro e muitas vezes chamada erroneamente de Pintado. Enquanto este se caracteriza pelas diversas pintas no seu corpo a Cachara apresenta desenhos em forma de malhas. Com o corpo em forma cilíndrica e a cabeça achatada de grande tamanho, é um dos grandes bagrões existentes em nossa fauna aquática. Atingindo tamanhos acima de 1 metro e 10 kg (embora cada vez mais difíceis, não foram poucos os exemplares de 15 a 20kg capturados. A Cachara, junto com o seu primo Pintado, são certamente peixes muito apreciados na culinária brasileira, dando origem inclusive a um prático típico, o pintado na brasa. | Carpa Cabeça-grande: (Aristichthys nobilis) | Originária da China, é uma espécie de hábitos semelhantes a da Carpa Prateada. É uma espécie zooplanctófaga, seu aparelho de filtragem não é tão fino como o da Carpa Prateada, portanto seu alimento pode ser um pouco maior. Alimenta-se também de algas coloniais, rotíferos e pequenos crustáceos. É um ótimo peixe de policultico, principalmente com a Prateada e Capim. | Carpa Capim: (Ctenopharyngodon idella) | Originária da China é uma espécie herbívora, alimenta-se de vegetação aquática submersa, além de gramas, capim não seco e em grandes quantidades, diariamente 30% a 90% do seu peso, por isso seu nome popular. Ótima espécie para consorciação. É uma espécie que produz bastante esterco (adubo orgânico) por isso utilizada para o policultivo com outras espécies. | Carpa Comum: ( Cyprinus Carpio) | Carpa comum, escama, espelho e húngara. É a espécie mais utilizada em cultivo em todo o mundo. Possui crescimento rápido, podendo em um ano atingir de 0.8 a 1kg, com população densa no tanque, cujo desenvolvimento se verifica à uma temperatura entre 24º e 28º C. A alimentação natural é o zooplâncton (estágio larval) e organismos bentônicos (fundo), como minhocas, larvas de insetos e pequenos moluscos. É uma espécie onívora e aceita bem alimentos artificiais, desde que pastosos e folhas tenras de vegetais. A qualidade da carne é satisfatória, mas espinhosa e com gosto específico, não havendo muita diferença entre as variedades comum e espelho. | Carpa Prateada: (Hypophthalmichthys molitrix) | De origem chinesa apresenta crescimento rápido, sendo uma boa espécie, também para o policultivo; juntamente com a Carpa Cabeça-grande e a Capim. É uma espécie fitoplanctófaga, que possui uma importante propriedade que é a alimentação (aparelho especial de filtragem nos arcos branquiais). Sua principal alimentação são as algas pequenas. Por apresentar este tipo de aparelho de filtragem, não come alimentos artificiais inteiros, devendo os mesmos serem reduzidos a pó. | Cascudo: (Cochliodon cochliodon) | Subfamília Hypostominae. Algumas espécies atingem mais de meio metro de comprimento. Seu corpo é revestido de grandes placas ósseas. Vegetarianos, alimentam-se de limos e detritos vegetais. Sua boca, provida de diminutos dentes, ou melhor, espículos, é adaptada para raspar a microvegetação das lages e pedras. Tem preferência por lugares encachoeirados. Costumam proteger a desova, seja aderindo os ovos às pedras e ficando o casal de guarda, seja aderindo ao próprio ventre. Seus ovos são enormes, e sua carne bastante apreciada. | Cat-fish ou Bagre-de-canal: ( Ictalurus punctatus) | Espécie muito criada no Sul do Estados Unidos, responsável por boa parte da produção aquícola de água doce daquele país. É da família Ictaluridae, geralmente seu corpo é alongado com cabeça deprimida e coloração variada, apresenta nadadeiras peitorais e a dorsal com espinhos duros e pontiagudos, possui barbilhões arranjados em um padrão definido ao longo da região subterminal da boca, típicos da espécie. Considerado um peixe nobre, hábitos calmos, carne muito saborosa, filés sem espinhos e com baixo teor de gordura. São alimentados diariamente com uma taxa de alimento de 4 a 5% do peso de seu corpo. Em ambientes muito iluminado e com alta transparência de água, ficam bastante agitados. | Dourado: (Salminus maxillosus ) | É um peixe carnívoro e voraz, denominado o "rei dos rio", apresenta coloração amarela-dourada, e atinge grande porte, podendo chegar à mais de 1mt de comprimento e pesar mais de 20kg, sua carne nobre é muito apreciada, além de agradar aos pescadores pela sua agressividade quando é fisgado. Sua violência no ataque á isca, e saltos para tentar livrar-se da mesma, é uma particularidade marcante neste peixe, é considerado um dos melhores peixes para pesca desportiva em água doce. Pode ser capturado durante o ano inteiro tendo melhores resultado na vazante dos rios, onde haja corredeiras, cachoeiras e águas rápidas. É um carnívoro que possui elevada taxa de canibalismo e os custos com a alimentação desta espécie, tem dificultado a viabilização econômica do seu cultivo. Suas escamas tem um pequeno risco preto no meio, formando linhas longitudinais da cabeça a cauda. Atualmente iniciou-se a difusão de sua criação, para atender à demanda dos pesque-pagues. Peixe de piracema, necessita da correnteza dos rios para completar seu ciclo reprodutivo. Na época da desova este grande caracídeo procura as cabeceiras dos rios, onde as águas são mais limpas e os alevinos tem mais chance de sobreviver. Consegue vencer quedas de água com grande facilidade, quando está subindo os rios para desovar, pode pular cachoeiras de até cinco metros de altura em um só salto. Com a construção de diversas barragens nos rios brasileiros, sua espécie está ameaçada. | Jaú: ( Paulicea lutkeni ) | Um dos maiores bagres brasileiros, pertence a família Pimelodidae, podendo atingir 150 kg de peso, e comprimento de 1,5 mt. Peixe de couro, possui muita força, dando bastante trabalho até ser dominado, quando fisgado.É encontrado em quase todos os grandes rios do Centro e Sul do País, com alguns aparecimentos na região Norte. Adulto tem cor acinzentada no dorso, com grandes manchas escuras, sendo o ventre cinza esbranquiçado. Tem a cabeça ampla e achatada, e possui espinhos nas nadadeiras. É voraz ictiófago e sua criação em açúde é bastante dispendiosa. São encontrados principalmente em poços profundos e junto as margens nas baías. Usam o canal mais fundo do rio para se deslocar, sendo considerado peixe de pesca desportiva, devido ao seu tamanho e a resistência que oferece. Sua maior atividade se dá à noite. | Jundiá: (Rhamdia quelen e R.sapo) | Nome de vários peixes fluviais da família dos pimelodídeos, do gênero Rhamdia, espécies onívora, um pouco difícil de se trabalhar, principalmente no que se refere a variações bruscas de temperatura. Distribuídos por toda a zona tropical da América do Sul. Cabeça achatada, ossos da superfície superior do crânio cobertos com pele fina. Maxila superior um pouco mais longa que a inferior. Quem conseguir produzi-lo terá um grande mercado. | Lambari :(Astyanax spp ou Mimagoniates spp) | Dificilmente passa de 20cm e é encontrado em todas as regiões do país. Muitas espécies são procuradas para aquários ornamentais e atingem elevados preços. São a base alimentar da maioria de nossos grandes peixes carnívoros de escama. Por sua vez, os lambaris devoram gulosamente as desovas desses peixes. São onívoros por excelência e podem ser utilizados em lagos, açúdes e charcos, como agentes controladores dos mosquitos pois lhes devoram as larvas. Sua carne é bastante apreciada. | Matrinxã: (Brycon sp) | Peixe muito esportivo, chega aos 80cm e 5kg, estando presente nos estados da Amazônia, Acre e Rondônia. Este peixe apresenta o corpo alongado, ventre arredondado antes das nadadeiras ventrais, e comprido depois delas. A nadadeira dorsal acha-se situada no meio, entre a cauda e a ponta do focinho. Sua cor é olivácea dourado. O seu dorso e as nadadeiras dorsal e peitoral são quase pretas. Sendo um peixe extremamente esportivo. Na natureza a matrinxã é encontrada em meio a pedras e raízes submersas, pois esconde-se nesses lugares para atacar pequenos peixes, sua base de alimentação. | Pacu: (Piaractus mesopotamicus e Metynnis maculatus) | Pacu ou Pacu-caranha ou Pacu-peva. É um peixe de piracema, mas no seu meio natural comporta-se como onívoro, alimentando-se de frutos, sementes, e crustáceos; é considerado nobre para o consumo humano. Tem dentes molariformes. É uma das espécies nativas mais estudada e criada, em termos de piscicultura. Pertence a sub-família dos mileíneos, com corpo alto, ovalado e comprido e uma quilha pré-ventral com espinhos. Sua cor é cinza-escuro no dorso, enquanto que o ventre é amarelo dourado. Cabeça e escamas pequenas, alcança porte grande, podendo atingir até 15kg, mas é mais apreciado quando alcança cerca de três quilos, devido ao acúmulo de gordura que apresentam os indivíduos mais velhos. Este peixe é apreciado pelos pescadores, não só pela briga que proporciona, mas por ser um ótimo prato culinário, preparado na grelha. O Pacu é encontrado em todas as regiões do País. | Piau e Piavuçu: (Leporinus friderici e L. macrocephalus) | Espécie já explorada comercialmente, atingindo em torno de um quilograma com aproximadamente um ano de idade. Pertencem a família Anostomidae, em gerais possuem hábito alimentar herbívoro, cabeça curta e espessa, e são espécies amplamente difundidas na piscicultura, em cativeiro apresentam bom ganho de peso e boa conversão alimentar, sendo também valorizada para pesca desportiva. Os dentes, geralmente assimétricos, nunca ocorrem no osso maxilar. O padrão de colorido geralmente é caracterizado pela presença de listras longitudinais, barras transversais ou máculas arredondadas ou ovaladas sobre o corpo. Borda lateral das escamas escuras, formando, em conjunto, listras longitudinais no flanco. Exemplares pequenos podem apresentar barras transversais ou não. | Pintado: (Pseudoplatystoma corruscans) | Peixe de couro, bastante conhecido pelo seu grande porte, carne nobre com baixo número de espinhos, alcança altos preços quando comercializada. Possui hábito carnívoro, apresenta manchas arredondadas sobre os flancos. Resultado obtidos em cultivo apontam preliminarmente como uma boa perspectiva para a piscicultura, apesar de alta demanda protéica exigida no seu arraçoamento. Encontrado nas bacias dos rios Prata, Uruguai e São Francisco. Como a maioria dos siluriformes, tem hábitos noturnos, embora muitas vezes também possa ser capturado durante o dia. A sua coloração é cinza-parda, com pequenas manchas pretas arredondadas ao longo do corpo, que tem a forma cilíndrica. Tem longos barbilhões e o seu ventre tem uma coloração esbranquiçada. Freqüentando os fundos dos rios e seus poços, alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos, vermes, pedaços de peixes, etc. Atinge tamanhos bastante avançados, sendo que alguns autores relatam da existência de exemplares de até 100kg, com um comprimento de 2 metros. A sua carne é de excelente qualidade, principalmente quando o peixe é feita na brasa. | Piraputanga: (Brycon orbygnianus) | Atinge 3kg e 50cm de comprimento, e é encontrada nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Muitas vezes confundida com um dourado pequeno, a piraputanga possui o corpo de cor prateada, as suas nadadeiras principais apresentam uma tonalidade bem avermelhada, dando ao conjunto uma beleza fora do comum para um peixe de água doce. Gosta de águas claras, preferencialmente cristalinas. Muito encontrada próxima aos pesqueiros, pois ataca os peixes pequenos que se alimentam dos dejetos da cozinha. Atinge aproximadamente 40cm e quase 1kg, embora os tamanhos mais comuns estejam situados nos 30cm e 1/2 kg. | Pirarucu: (Arapaima gigas) | O Pirarucu, ao lado das Piraíbas, é um dos maiores peixes que encontramos nos rios brasileiros. Chega a aproximadamente 2 metros e um peso médio, quando adulto de 80 kg., embora haja relatos mais antigos de exemplares de até 150 kg. Corpo de forma cilíndrica, largas e imbricadas escamas, e cor quase negra no dorso e avermelhada escura pelos flancos. A intensidade das suas cores entretanto varia, em função do tipo de águas em que o peixe se encontra. Em águas mais lodosas, as cores tendem mais para o escuro, enquanto que em águas claras ficam mais pálidas. E já nas barrentas ficam mais avermelhadas. Como particularidade pode-se citar o hábito de subirem de tempos em tempos à superfície para, quando não perturbados, abrirem a boca para absorver uma certa quantidade de ar, realizando assim uma respiração suplementar à da branquial. De olhos amarelados e de pupila azulada, um tanto salientes, mexem-se continuamente, como se o peixe de modo curioso estivesse observando tudo que em sua volta passa. A sua desenvolvida língua tem um osso na parte interna, acompanhando o seu formato chato e arqueado, e recoberto de conezinhos esmaltados e resistentes. Macho e fêmea tomam conta dos filhotes. A sua carne é bastante deliciosa, e devido a isso quase foi extinto pelos pescadores profissionais. Felizmente hoje ja pode ser reproduzido em cativeiro. A sua pesca, devido ao seu tamanho, é bastante esportiva. Deve ser sempre solto, de modo a espécie seja preservada nos seus locais de origem. | Tambacu | Peixe híbrido, resultado do cruzamento do Pacu com o Tambaqui. Muito conhecido entre os criadores por apresentar um crescimento mais rápido e ser mais resistente. Em viveiros obtém-se um bom resultado com ração extrusada. Recomenda-se densidade no tanque de 1 peixe m2. Na criação intensiva consorcia-se com outras espécie, por se tratar de um peixe de hábitos alimentares. | Tambaqui (Colossoma macropomum) | Peixe de piracema nativo da bacia Amazônica. No meio natural comporta-se como onívoro, alimentando-se de frutos, sementes e crustáceos, possui elevado valor comercial. Atinge até 30kg e 1,2 metro de comprimento, e é encontrado na região Norte, além dos estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. | Tilápia: | Originária do continente africano, a tilápia é a segunda espécie de peixe mais criada no mundo. Introduzidas em nossas bacias com o intuito de colaborar com a pesca profissional e amadora, e também para o repovoamento de lagos e represas, devido à sua grande capacidade de reprodução, acabou tornando-se uma espécie bastante atraente em todo Brasil; por apresentar boa adaptabilidade em condições ambientais favoráveis, boa conversão alimentar e ganho de peso, possuindo alta rusticidade e ciclo precoce, com bons índices de desempenho, facilidade na obtenção de alevinos, bom crescimento em regime intensivo, suporta baixos níveis de oxigênio e tem carne de textura firme, sem espinhos e com boa aceitação no mercado. As variedades introduzidas no Brasil são tilápia rendali (Tilápia rendalli), introduzida no início da década de 70, mas deixada de lado devido a sua alta prolificidade e baixa produtividade. Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)uma das mais criadas atualmente, tilápia de Zanzibar (Oreochromis hornorum), Tilápia mossambica - Oreochromis mossambicus, e a Tilápia Saint Peters. As tilápias podem atingir até 5kg e são encontradas em todas regiões do Brasil. | Traíra: (Hoplias malabaricus) | São peixes carnívoros e vorazes, apesar de ter movimentos lentos de porte médio, muito comum principalmente em ambientes lênticos, é um predador muito voraz de peixes menores e apresenta dentículos sobre a língua. Atinge 3kg e 60cm de comprimento, e é encontrada em todas as regiões do país. A traíra é talvez o peixe mais encontrado no Brasil, pois basta ter um fio de água para que ela se faça presente. É um peixe voraz, briguento, completamente territorial, e muito esportivo. Sua característica é possuir uma nadadeira entre as nadadeiras caudal e dorsal, a nadadeira adiposa. Possui dentes afiadíssimos e todo o cuidado é pouco no seu manuseio, pois além de tudo ela é extremamente lisa e escorregadia. A traíra está ativa quando a água está quente, com temperatura acima de 18 graus celsius. Ela habita locais de água parada e com vegetação aquática abundante. Pedaços de madeira, troncos caídos, latas, são um ótimo esconderijo para as traíras. Nos meses frios se enterram no fundo para suportarem a baixa temperatura da água. | Trairão: (Hoplias lacerdae) | Por alcançar um tamanho relativamente maior, é apreciada por pescadores profissionais e amadores, sendo sua carne muito saborosa. Apresenta língua lisa e também predadora. Na década de 70 e início dos anos 80, foram difundidas, tanto na piscicultura para consorciação com tilápias, quanto para serem usadas em reintrodução em alguns reservatórios de hidrelétricas. Atinge 20kg e 1 metro de comprimento, e é encontrado nos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e São Paulo. Originário da bacia Amazônica, peixe carnívoro, muito voraz. Em ambiente natural atinge até 20kg, podendo chegar em cativeiro entre 8 e 10kg. Muito fácil para criação, pois se alimenta principalmente de peixes vivos ou mortos como lambari, tilápia, podendo ainda ser alimentado com ração, visceras de animais, etc. | Truta Arco-Íris: (Orchorhynchus mykiss) | Peixe de água doce, originário dos Estados Unidos, já há bastante tempo existente no Brasil. Embora a sua coloração varie conforme as condições da água, a sua coloração mais comum é a que tem o dorso variando de castanho para o esverdeado, com o seu flanco tendendo para o cinza-pálido ao prateado, sendo o seu ventre ligeiramente esbranquiçado. As maiores matrizes, atingem aproximadamente um peso de 2.0kg, para um comprimento de aproximadamente 50cm. No, entanto, o tamanho ideal para uma refeição é por volta das 300 gramas, como habitualmente ela é servida nos restaurantes. Semelhante ao salmão, a truta passa da água salgada para a água doce para reproduzir. | Tucunaré: (C. ocellaris e C. temensis) | Oriundos da bacia Amazônica, são espécies bastante sensíveis às baixas temperaturas, bastante utilizados na pesca esportiva, e sua carne possui um excelente sabor; os tucunarés tem sido utilizados para o controle de população de tilápia nilótica, em cultivos semi-intensivos ou intensivos. O tucunaré pode ser considerado carnívoro, desenvolvendo-se muito bem com espécies forrageiras. | Tuvira: ( Gymnotus carapo ) | Utilizada pelos pescadores como isca viva, é a mais utilizada. É muito escorregadia, é aconselhável ter-se um pequeno puçá e um pedaço de pano para manipulá-la. A tuvira é um peixe de corpo alongado, comprimido e triangular, muito escorregadio, não alcançando mais de 30 a 35cm, o que corresponde um peso máximo de aproximadamente 100 gramas. Uma particularidade que muito caracteriza a espécie e o gênero, é a parte terminal do peixe, que acaba em forma de "rabo de rato". Diferente de muitas outras espécies de peixes, as únicas nadadeiras que apresenta são as peitorais espatulares e a anal. Esta, muito longa, começando atrás do ânus, que está situado em frente ao bordo posterior do interopérculo. | Referências Bibliográficas: FURTADO, José Francisco Rodrigues, Piscicultura - Uma alternativa rentável. Editora Agropecuária. PEREIRA, Raul, Peixes de nossa terra Livraria Nobel S.A BRITSKI, Heraldo; SILIMON, Keve Z.; LOPES Balzac - Peixes do Pantanal. Embrapa. | | |